O Último Ato

O Último Ato

Várias vezes eu tive que apertar o botão “reiniciar” para o sob a minha lente. E ele continua voltando, parece até um gato com suas sete ou nove vidas. Eu não apertei sempre porque eu quis. Algumas vezes foi consciente; em outras posso afirmar que foi apenas uma decisão ruim.

Esse blog que já passou por diferentes fases surgiu como um projeto de faculdade nos tempos que eu cursava jornalismo. Comecei como algo muito pessoal, exercitando uma escrita sobre os filmes que eu assistia na tentativa de entender o que estava assistindo. À medida que isso foi evoluindo, fui passando a gostar cada vez mais do formato e (seriamente) pensei que tinha encontrado a minha carreira.

O jornalismo, porém, é uma profissão de inquietações e, com elas, de altos e baixos. Assim, em uma das vezes que apertei o “reiniciar”, tive que fazer uma escolha muito prática entre manter o blog e toda a sua periodicidade conquistada ou focar na carreira que eu precisava construir e garantir o meu lugar em um mercado de trabalho concorrido e nocivo.

Já em outro momento, quando pressionei o botão que culminou em uma má decisão foi quando tive que escolher entre o sob a minha lente e a possibilidade de migrar o conteúdo para uma plataforma de maior alcance. Eu manteria a minha liberdade editorial, mas não poderia falar sobre cinema porque já tinha um responsável por isso. Resolvi priorizar apenas as séries e, assim, matei a essência do sob a minha lente – que, por último, teve que ir no final com outro nome.

Agora, o sob a minha lente chega digamos em um terceiro ato. Dessa vez, sem as presunções que eu tinha de seguir uma carreira de crítico. Mas de apenas me divertir. O que também soa como loucura, pois é uma carga a mais de trabalho que trago para a minha vida, cuja rotina foi colocada completamente de pernas para o ar com a chegada da filha pequena que tem pouco mais de 1 ano, a lindeza Luna.

Mas o que me leva a trazer o sob a minha lente de volta e iniciando esse capítulo hoje, dia 17 de dezembro de 2025, é a minha reconexão com a escrita e com o formato de blog. Eu sei o quanto é difícil encontrar um público que goste de ler textos na internet. Mas eu sou essa pessoa e entendo que existam outros perfis similares ao meu por aí que gostam de saber a opinião sobre algo que pretende assistir. Não me considero um especialista no assunto, mas o fato de eu assistir tantos filmes e séries me dá alguma confiança de que consigo indicar (ou influenciar), por meio do que escrevo, a próxima escolha do leitor sobre o que vai assistir.

Hoje sinto que o sob a minha lente vale a pena. Enquanto isso for verdade, e eu espero que dure para sempre, eu não vou precisar ter que recorrer mais ao botão para “reiniciar”.

Bem-vindo(a) ao novo sob a minha lente!

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